O segundo maior surto de Ebola da história foi contido na República Democrática do Congo, informou nesta quinta (25) a OMS (Organização Mundial da Saúde). Foi o primeiro surto registrado em uma zona de conflito.
Em quase dois anos, foram registrados 3,4 mil casos e 2,2 mil mortos. Esse foi o 10º surto da doença registrado no país africano. Neste período, mais de 303 mil pessoas foram vacinadas, de acordo com a OMS.
Não houve tempo para comemorar a vitória. O 11º surto já foi declarado, após registros de casos de ebola serem relatados nas cidades de Mbandaka e Bikoro, ambas na República Democrática do Congo, em junho deste ano. Até agora, 13 pessoas morreram e 24 foram infectadas.
O ebola é uma febre hemorrágica transmitida às pessoas por animais selvagens, se espalhando pelos seres humanos por meio do contato de fluídos corporais.

Vacina
Em fevereiro deste ano, a República Democrática do Congo, Burundi, Gana e Zâmbia licenciaram uma vacina contra o ebola. Isso significa que o fabricante pode estocar e distribuir amplamente a vacina para países africanos em risco de surto do vírus.
Esse foi o processo mais rápido de pré-qualificação da vacina realizado pela OMS. Resultados preliminares do estudo apontaram uma eficácia de 97,5% e que a vacinação de pessoas já infectadas pode reduzir a chance de morte.
Covid-19
Os ganhos obtidos no combate ao ebola no país estão sendo usados nas respostas de outras emergências de saúde, como a pandemia do novo coronavírus. Muitas das abordagens são semelhantes nos dois casos.
Rastreamento de contato, prevenção e controle de infecções, e isolamento de pacientes contaminados ou suspeitos de serem portadores do vírus são essenciais para o combate tanto do ebola quanto do Covid-19.
Segundo dados da OMS divulgados nesta sexta (26), o país registrou 6,4 mil casos confirmados do coronavírus e 141 óbitos.