O Ministério da Saúde do Chile definiu no último dia 31 de maio novos critérios para o registro de casos confirmados do novo coronavírus. Também haverá mudanças na classificação das mortes em decorrência da doença, segundo o jornal chileno La Tercera.
De acordo com o ministro Jaime Mañalich, os critérios foram ampliados para considerar não só aquelas certidões de óbito que constam a causa da morte como Covid-19, mas também os que ainda não obtiveram o resultado do testes de diagnóstico do tipo RT-PCR.
Com a modificação, o relato do número de casos do coronavírus deve aumentar no país, em uma quantidade que o ministro da Saúde definiu como “pequena, mas significativa a longo prazo”.
Até esta segunda (8), o Chile registrou 134,1 mil casos confirmados da doença e 1,6 mil mortes, de acordo com dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
A mudança ocorreu após o La Tercera divulgar o número de mortes a nível comunitário e autoridades locais, como o prefeito de Renca, em Santiago, apontarem que as suas informações eram discrepantes às divulgadas pelo Ministério da Saúde.

Outras mudanças
Segundo Mañalich, outra situação que gerava subnotificação dos casos no país era o critério para confirmar o contágio de um paciente. As autoridades chinelas estavam considerando, no relatório entregue à OMS, casos confirmados apenas aqueles que testavam positivo para a doença.
No entanto, outros relatórios dentro do país consideram como casos contagioso o paciente que apresenta os sintomas do coronavírus, mas ainda não foram testados, o que o ministro apontou como “a informação mais precisa e confiável”.
Na data do anúncio das mudanças, Mañalich afirmou que a diferença entre os casos diários relatados à OMS e o relatório epidemiológico no país era de 1.862 casos confirmados.
O Chile também alterou o número de dias em que pessoas com casos confirmados e que apresentam sintomas leves devem ficar de quarentena, baixando de 14 para dez dias.
De acordo com o ministério, a mudança segue as recomendações da OMS. Evidências apontariam que, em casos de sintomas leves, no oitavo dia de infecção, a possibilidade de contágio é “praticamente nula”, segundo o ministro.