Pandemia derruba preço do camarão favorito dos restaurantes da Catalunha

Preço da iguaria, pescada na costa catalã, despencou de € 100 para € 36; 90% era vendido para restaurantes

O camarão vermelho pescado na costa da Catalunha, região ensolarada no nordeste da Espanha, tem preço de iguaria de luxo. Antes da pandemia do novo coronavírus, era consumido sobretudo por clientes de caros restaurantes espanhóis à beira-mar, como os da cidade de Llançà, na Costa Brava catalã.

O quilo já chegou a custar € 100. No mês passado o preço caiu para uma média de € 36, menos da metade do praticado pré-pandemia. As informações são do jornal norte-americano “The New York Times”.

Em condições normais, mais de 90% da mercadoria iria para restaurantes. Com o fechamento desses locais para evitar a disseminação do vírus, os camarões estão sendo vendidos por preços mais acessíveis e começam a chegar nas mesas das famílias espanholas.

A situação é crítica para quem trabalha nos barcos de pesca, que precisam passar 12 horas no mar para pescar um dez quilos de camarão. O único consolo é o preço mais baixo da gasolina, que os permite passar mais tempo no mar gastando menos.

Pandemia derruba preço do camarão favorito dos restaurantes da Catalunha
Pescadores de Llancà, na Espanha, sofrem impacto do fechamento de restaurantes (Foto: Wikimedia Commons)

A pandemia do coronavírus mostra o quanto certos distribuidores de alimentos — sobretudo os de iguarias de luxo, como ouriços e camarões — são dependentes dos restaurantes.

Alguns pescadores do mercado “premium” já avaliam investir em peixes e frutos do mar mais comuns, caso a recuperação desse setor seja lenta

A Espanha já volta gradualmente ao que o primeiro-ministro Pedro Sánchez chama de “nova normalidade”. Há planos de remover o confinamento até o fim de junho e os restaurantes já podem receber clientes em suas áreas externas.

Entre os países com maiores números de registros, a Espanha tem 240,3 mil casos confirmados do coronavírus e 27,9 mil mortes, de acordo com dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quinta (4).

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