A tentativa de Beijing em se “infiltrar e espionar” o governo dos Estados Unidos já atingiu os órgãos e instituições do interior do país, disse o secretário de Estado, Mike Pompeo em um discurso em Madison, no estado Wisconsin, no dia 23.
De acordo com o portal The Washington Free Beacon, Pompeo afirmou que a China tenta vender influência e cultivar aliados mesmo em meio às sanções do governo de Donald Trump.
Segundo o secretário de Estado, as instituições locais estão sendo “mais receptivas” à influência do Partido Comunista da China. “As campanhas do PCC visam oficiais estaduais e interesses locais e estão em pleno andamento há anos. Agora, só aumentaram a intensidade”, apontou.
Os dois países travaram uma batalha comercial e tecnológica, com efeitos duradouros na geopolítica e economia mundial.
Segundo Pompeo, a China usa seus consulados nos EUA para montar “campanhas de pressão” sobre os governos locais e os encoraja a aprovar leis e resoluções que seriam benéficas à imagem de Beijing.
Um exemplo é a série de elogios promovida por vários órgãos legislativos estaduais sobre a resposta da China à pandemia da Covid-19, disse o político.
O secretário de Estado também chamou a atenção para as tentativas de influência chinesas em meio ao período eleitoral norte-americano.
Com eleições agendadas para 4 de novembro, hackers e campanhas via redes sociais tentam influenciar e gerar disputa no pleito, disse. “Beijing acredita que um país dividido será mais receptivo às suas operações.”