EUA e Índia concluem exercício militar antiterrorismo conjunto

Iniciativa acontece desde 2004, e integra série de treinamentos entre Índia e EUA nos últimos quatro meses

Os EUA e a Índia concluíram o exercício militar conjunto anual Yudh Abhyas nesta segunda-feira (22) em Bikaner, no Rajastão, região na fronteira com o vizinho Paquistão, informou o portal Yahoo! News.

Cerca de 250 soldados norte-americanos integraram o treinamento, que começou em 2004, desde o dia 8. O encontro encerra a terceira operação conjunta de militares indianos e norte-americanos nos últimos quatro meses.

O exercício focou o combate ao terrorismo em regiões sob jurisdição das Nações Unidas.

EUA e Índia concluem exercício militar conjunto Yudh Abhyas pela 16ª vez
Treinamento de soldados dos EUA e da Índia no Kuwait, em fevereiro de 2015 (Foto: U.S. Marines/Todd F. Michalek)

Do ponto de vista estratégico, o Yudh Abyas fortalece as relações bilaterais EUA e Índia, estreitadas ao longo dos últimos anos como forma de contrapesar a liderança regional chinesa.

EUA e Índia vivem um período de forte disputa com o gigante asiático, acentuada em meio à pandemia e à disputa comercial e tecnológica entre Beijing e Washington.

Em novembro, a Austrália se uniu a EUA, Índia e Japão no exercício naval anual do Malabar, no Oceano Índico. A iniciativa começou em 1992 e já aconteceu no Pacífico, na costa das Filipinas e do Japão, entre outros.

Os países asiáticos se opõem aos avanços chineses em águas territoriais de vizinhos e aos boicotes chineses a commodities da Austrália. Após pedidos de Camberra por uma investigação das origens do novo coronavírus, Beijing impôs novas tarifas de importação e houve troca de acusações entre diplomatas chineses e o governo de Camberra.

O bloco de EUA, Índia, Japão e Austrália que realizou o Malabar também fez um treinamento extra em janeiro com o Canadá, de guerra antissubmarina em Guam, ilha no Pacífico que pertence aos EUA.

Com as ameaças de Beijing contra Taiwan e a aproximação de Washington da ilha, reivindicada pela China, os exercícios seriam forma de enviar um recado de apoio em caso de confronto armado.

O exercício Yudh Abhyas é realizado todos os anos e surgiu como uma forma de amadurecer as relações entre Índia e EUA. A emissora indiana ABP News reportou o treinamento como um “laço de defesa compartilhado entre as duas nações”.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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