O Twitter divulgou nesta sexta (12) que identificou 32.242 contas cuja operação foi vinculada a serviços de informação e inteligência de países como China, Rússia e Turquia. Todas serão levadas a conhecimento público, com seu histórico de tuítes.

As contas em questão foram suspensas da plataforma. A mudança seria uma resposta aos pedidos de maior transparência e punição contra campanhas de desinformação, as chamadas “fake news“.

Há contas especializadas em divulgar conteúdo e outras que replicavam as notícias falsas, impulsionando-as de forma artificial.

No caso da China, o Twitter localizou 23.750 contas que seriam o “coração” da rede de desinformação. Outras 150 mil serviam para maximizar o alcance daquilo que era publicado.

“Em geral, toda essa rede estava envolvida em uma miríade de atividades coordenadas e de manipulação”, afirma a plataforma. “Tuitavam predominantemente em línguas chinesas e espalhavam narrativas geopolíticas favoráveis ao Partido Comunista da China, enquanto continuavam a empurrar narrativas enganosas sobre a dinâmica política de Hong Kong.”

Já a Rússia tinha 1.152 contas abertas para replicar e dar impulso a conteúdos falsos, encerradas por “violar a política contra manipulação da plataforma”.

As informações, que promoviam o partido governista Rússia Unida, do presidente Vladimir Putin, e difamavam dissidentes, vinham de um site de propaganda oficialista.

O governo da Turquia também realizava campanhas de desinformação no Twitter. São 7.340 contas, cuja função era elogiar o presidente Recep Tayyip Erdogan e seu partido, o AK Parti.

Segundo o Twitter, essas campanhas saíam do diretório de jovens do partido de Erdogan, em Ancara.

As contas criadas para impulsionar o conteúdo tuitado também continham spam a respeito de criptomoedas.

O Twitter informou que os três países tentaram, por meio de hackers, retomar o controle dessas contas.