As incertezas geradas pela Covid-19 devem segurar o crescimento da economia global em 2021. Até o final do ano, a expansão deve ser de 5,5%, de acordo com a mais recente projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional), divulgada nesta quarta (27).
O acréscimo desde a última previsão, em outubro de 2020, foi de 0,3% e reflete a expectativa de fortalecimento da economia após o início das campanhas de vacinação e novas políticas de apoio financeiro.
Segundo o FMI, o avanço esperado para 2022 é de 4,2%. “A força da recuperação deve variar entre os países”, aponta o relatório. Os avanços dependem do acesso a intervenções médicas, eficácia das políticas econômicas e características estruturais de cada nação.
Já a contração estimada para 2020 cresceu para 3,5% – 0,9% a mais que o projetado no último relatório do órgão. O colapso do ano anterior teve impactos mais agudos sobre mulheres, jovens, pobres, trabalhadores informais e da saúde, segundo o estudo.
O FMI alerta para a necessidade urgente de cooperação multilateral, por meio da Covax, para acelerar o acesso universal às vacinas em todos os países.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o chamado “nacionalismo de vacinas” pode custar até US$ 9,2 trilhões à economia global.
O órgão aborda o acordo de suspensão de dívidas do G20 como essencial à economia mundial. “A comunidade global precisará garantir o acesso adequado à liquidez internacional para esses países”, reitera o relatório.