Haverá cortes de gastos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, afirmaram nesta quinta (16) os organizadores do evento e o COI (Comitê Olímpico Internacional). A Olimpíada, marcada para julho deste ano, foi adiada para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus.
Os cortes devem ocorres na área de hotelaria e na infraestrutura para receber o público fora das arenas, como nas Fun Fests nos Jogos do Rio-2016. O objetivo é diminuir despesas extras, estimadas entre US$ 2 bilhões e US$ 6 bilhões pela imprensa japonesa.
A obrigação do Japão de arcar com os custos adicionais está prevista no contrato assinado pela cidade-sede, após a escolha pelo COI.
Oficialmente, o gasto com os Jogos foi de US$ 12,6 bilhões, mas uma auditoria do governo local aponta que a cifra chega a quase o dobro.
O membro do COI John Coates afirmou que o comitê pode fazer uma contribuição de milhões de dólares para as federações esportivas internacionais e comitês olímpicos em dificuldades.
“Não vamos ficar parados e ver nossas federações internacionais entrarem em colapso”, afirmou.
Precauções contra o vírus
Os casos de coronavírus no Japão vêm crescendo e o primeiro-ministro Shinzo Abe tem tomado medidas para conter a disseminação, pedindo que a população permaneça em casa até pelo menos 6 de maio. O país já tem 9 mil infectados e quase 200 mortes.
A situação preocupa autoridades, já que os Jogos Olímpicos recebem 11 mil atletas olímpicos e 4,4 mil atletas paralímpicos de mais de 206 países. As Olimpíadas levam ainda à aglomeração do público nas arenas e estádios, que podem reunir até 75 mil pessoas.
“Esse foi um fator que nos levou a tardar [a Olimpíada] o máximo possível”, afirmou Coates, ao destacar que houve pedidos para que os jogos ocorressem em março de 2021, durante a primavera no hemisfério norte.