OMS diz estar ‘preocupada’ com surto de Covid-19 na Coreia do Norte

Nenhum programa público de vacinação foi implementado no país, que relatou 50 mortes e um milhão de casos de "febre"

A OMS (Organização Mundial da Saúde) manifestou na segunda-feira (16) preocupação com o atual surto de Covid-19 na Coreia do Norte, onde nenhum programa público de vacinação foi implementado. A agência reiterou seu compromisso de apoiar a resposta do país à pandemia.

Em comunicado, a OMS diz que tomou nota das “mortes e grande número de pessoas com febre”, conforme noticiado pela agência de notícias oficial KCNA. Mas disse que ainda aguarda informações do Regulamento Sanitário Internacional sobre a extensão e gravidade do primeiro surto oficialmente registrado.

“Estamos comprometidos em ajudar nosso país-membro, conforme necessário, fornecendo suporte técnico para aumentar os testes, fortalecer o gerenciamento de casos, implementar medidas sociais e de saúde pública específicas da situação e fornecer suprimentos médicos e medicamentos essenciais”, disse Poonam Khetrapal Singh, diretora da OMS no Sudeste Asiático.

Crianças em frente a um mural em Pyongyang: Covid atinge o país (Foto: Thomas Evans/Unsplash)

A OMS apoiou o país a desenvolver um plano de implantação da vacina contra Covid-19, bem como ajudou o país com seus planos estratégicos nacionais de preparação e resposta. O plano de vacinação foi revisado e aprovado por um órgão multiparceiro em nível regional, abrindo caminho para a Coreia do Norte receber imunizações por meio da instalação internacional Covax.

“Como o país ainda não iniciou a vacinação contra o Covid-19, existe o risco de que o vírus se espalhe rapidamente entre as massas, a menos que seja reduzido com medidas imediatas e apropriadas”, disse Singh.

A especialista lembrou que é importante que todos os países, independentemente de seu status de transmissão, implementem a vacinação contra Covid-19, que protege contra doenças graves e morte.

“A pandemia está longe de terminar. Cada país deve implementar medidas sociais e de saúde pública personalizadas e proteger sua população com vacinas contra Covid-19, priorizando a população vulnerável, como profissionais de saúde, idosos e aqueles com condições subjacentes que os colocam em risco de doença grave e morte”, destacou a diretora.

De acordo com a agência nacional de notícias da Coreia do Norte, em 15 de maio, um total de 50 pessoas morreram no país, com mais de um milhão de casos de “febre” e mais de meio milhão atualmente recebendo tratamento médico.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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