Requerentes de asilo na região africana conhecida como HECA — sigla em inglês para África Central, Oriental e chifre da África — estão presos nas fronteiras desde o início das medidas de restrição contra o novo coronavírus.
De acordo com a Anistia Internacional, os países dessa região abrigam cerca de 4,6 milhões de refugiados e requerentes de asilo. No entanto, os governos não estão oferecendo proteção para essas pessoas que ficam presas nas fronteiras em busca de asilo.
Ao longo da fronteira entre a República Democrática do Congo e Uganda, cerca de 10 mil pessoas estão acampadas desde maio, esperando por asilo em território ugandense.

O governo do país decidiu no último dia 16 que realizaria esforços para preparar a entrada segura desses refugiados em Uganda, providenciando quarentena e local para moradia.
Já na fronteira entre Uganda e Sudão do Sul, centenas de pessoas ainda esperam pela entrada no país. Os refugiados foram desalojados pelos recentes combates entre o governo e grupos armados no estado sul-sudanês de Equatória Central.
Segundo a Anistia Internacional, o grupo de refugiados está vivendo em estruturas improvisadas e precisam urgentemente de alimento, abrigo adequado, cuidados médicos e água potável.
A Anistia Internacional, junto com outras organizações internacionais, pedem para que as autoridades implementem medidas que garantam proteção para o grupo, como testes médicos, instalações preventivas e quarentenas nas fronteiras.