O secretário-geral da ONU (organização das Nações Unidas), António Guterres, enfatizou na quarta-feira (8) a importância da renovação da Iniciativa de Grãos do Mar Negro durante a visita a Kiev, na Ucrânia.
Guterres fez as declarações a jornalistas ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O prazo do acordo que permite o carregamento de alimentos expira em 18 de março, após a extensão de quatro meses feita em julho passado.
O líder da ONU revelou que a continuação da iniciativa permitiu o embarque de mais de 23 milhões de toneladas de cereais ucranianos.
Os benefícios da medida incluem a contribuição para reduzir o custo global dos alimentos e o alívio às populações de outras partes do mundo, especialmente em economias desenvolvimento.
De acordo com as Nações Unidas, os custos das commodities alimentares atingiram um recorde depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022. Porém, o Índice de Preços de Alimentos da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) teve uma queda de quase 20% no último ano.
O chefe da ONU considera essencial que continuem as exportações de alimentos e fertilizantes, tanto ucranianos como russos, para a segurança alimentar global e estabilizar os preços dos alimentos”.
Segurança das usinas nucleares
Em território ucraniano, Guterres lembrou ainda que as Nações Unidas ajudam a evacuar os civis presos na usina siderúrgica de Azovstal.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi mobilizada para tentar garantir a segurança de instalações nucleares na Ucrânia, inclusive em Zaporizhzhya, onde Guterres disse que a atuação é importante.
Em sua terceira viagem à Ucrânia em menos de um ano, Guterres prometeu continuar a apoiar o país com as soluções possíveis em relação a questões humanitárias e na busca da paz para o país e em nível global.
O secretário-geral repetiu que a posição da organização é de que a invasão russa é uma violação da Carta da ONU e do direito internacional, ao ressaltar que é preciso assegurar a soberania, independência, unidade e integridade territorial ucranianas.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News