Houve grave deterioração na situação dos direitos humanos em Belarus, país na Europa central, no último ano, segundo a especialista em direitos humanos da ONU em Belarus, Anaïs Marin. O relatório mais recente sobre o país foi divulgado no último dia 10.
Diante das eleições marcadas para 9 de agosto, Marin pede apoio da comunidade internacional diante da possibilidade de o governo usar leis restritivas e medidas arbitrárias contra a oposição.
O presidente Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, concorre pela sexta vez ao cargo. Ativistas, defensores de direitos humanos, jornalistas e outros membros da sociedade civil têm sido alvos constantes de assédio e intimidação por parte do governo.
Segundo a agência de notícias Reuters, a comissão eleitoral se recusou a registrar os dois principais rivais do presidente como candidatos nas eleições presidenciais. Viktor Babariko e Valery Tsepkalo eram vistos como os últimos nomes com chances de derrotar Lukashenko nas urnas.
O atual chefe de Estado enfrenta a mais forte oposição em anos, devido à frustração em relação à economia, direitos humanos. Lukashenko também foi um dos líderes que minimizou a pandemia do novo coronavírus – a sugestão do presidente para evitar o contágio foi vodka e sauna.
De acordo com a especialista da ONU, os bielorussos têm dificuldade de exercer os direitos econômicos, sociais e culturais. Entre mulheres, pessoas com deficiência e outras minorias, a situação é ainda pior.