A Estônia colocou a segurança cibernética no centro de sua agenda e realizou evento sobre estabilidade dos sistemas em sua primeira presidência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
O objetivo é prevenir recentes ameaças, que têm explorado o aumento da demanda no setor de saúde desde o início da pandemia do novo coronavírus. Houve ataques a hospitais tchecos e a pesquisas médicas relacionadas à Covid-19.
Durante a reunião, os Estados observaram o aumento da dependência de uma infraestrutura digital segura, por conta da crise saúde global, segundo o think tank britânico Chatham House.
O país usa sua própria experiência para discutir o assunto. Em 2007, uma ação supostamente originária da Rússia derrubou os serviços online de bancos, veículos da mídia e do governo na capital Tallinn.
Na reunião do Conselho, Moscou se absteve do debate.
Desde o ataque, a Estônia adotou mudanças radicais na forma como administra a segurança cibernética. Tornou-se modelo e líder nos esforços de digitalização e na criação de um governo eletrônico.
Compromisso
Em 2015, os países concordaram com uma série de compromissos sobre normas de comportamento responsável. A meta é garantir a estabilidade no ciberespaço. O acordo foi voluntário.
A atuação do Conselho de Segurança até então tem sido criticada pela “inação e paralisado pela política de veto“. Nenhuma resolução foi aprovada durante a crise de saúde global, por exemplo.
Enquanto os esforços da ONU no assunto devem ser adiados por causa da pandemia, a decisão da Estônia de priorizar a pauta “reconhece o papel dos Estados no cumprimento de suas obrigações uns com os outros”, segundo o think tank.