Hong Kong é a cidade mais cara do mundo para expatriados, aponta estudo

Houve queda nos preços graças à pandemia e intervenção chinesa, mas cidade segue encabeçando ranking

A queda no preço médio dos aluguéis desde o início de 2020 não foi suficiente para tirar Hong Kong do topo do ranking de cidades mais caras do mundo para expatriados, de acordo com levantamento anual da consultoria britânica ECA Internacional.

No território chinês, é o alto preço da acomodação que puxa para cima o custo de vida para os estrangeiros que trabalham ali, aponta Lee Quane, diretor da consultoria para a Ásia.

Neste ano, a ligeira redução no custo veio da incerteza gerada pela interferência de Beijing em Hong Kong e a aprovação de leis que restringem as liberdades na ex-colônia britânica.

Hong Kong é a cidade mais cara do mundo para expatriados, aponta estudo
Protesto em Hong Kong, em outubro de 2019 (Foto: Studio Incendo/Wikimedia Commons)

Na sequência vêm Nova York, nos EUA, as suíças Genebra e Zurique e Londres, no Reino Unido. A capital britânica saiu do 10° para o 6° lugar, graças a valorizações do euro e da libra esterlina.

A cesta de consumo básica continua cara no território chinês. Um café custa na média US$ 5,03 (R$ 25,90), ante US$ 4,79 em Nova York e US$ 3,75 em Londres. Um ano de academia de ginástica fica US$ 1.361 (R$ 7.009) em Hong Kong, US$ 1.303 em Londres e US$ 929 em Nova York.

Metrópoles de destaque

Outras quatro cidades chinesas figuram alto no ranking: Xangai, Guangzhou, Beijing e Shenzhen – essa última localizada bem ao lado da ex-colônia britânica.

Países que viveram fortes desvalorizações cambiais, como Brasil e Rússia, tiveram forte queda no ranking. Mas o maior impacto foi na capital angolana Luanda, que despencou 104 posições do 37° para o 141° lugar.

Em Angola, pesou além do câmbio a forte contração da indústria de petróleo, da qual depende o país.

O levantamento procura estimar os custos de vida em grandes cidades para auxiliar multinacionais no cálculo da ajuda de custo necessária para funcionários expatriados.

A pesquisa acontece há 45 anos e considerou 480 localidades. É usada uma cesta de produtos e serviços comuns no dia a dia dos expatriados, mais custos de acomodação.

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