Pelo menos 32 pessoas foram mortas em um ataque terrorista ao quartel-general da polícia de Baghlan, província ao norte do Afeganistão, na segunda (31). As autoridades atribuíram a ofensiva ao Taleban, que intensificou a onda de violência no país desde o final do ano passado.
Informações repassadas por autoridades locais à agência iraniana Mehr apontam que os militantes detonaram um carro-bomba em frente ao quartel militar de Pol-e Khomri, capital da província. Em seguida, iniciaram um confronto no centro da cidade.
O ataque se estendeu por horas, disse o porta-voz do comando da polícia de Baghlan, Jawed Basharat. Há confirmação da morte de cinco membros talibãs. Outros sete teriam sido feridos em uma intensa troca de tiros, relatou.
A violência entre o Taleban e o exército afegão se tornou rotineira nos últimos meses. O objetivo do grupo fundamentalista islâmico é minar o apoio ao frágil governo de Cabul.
Para o Taleban, o governo de Ashraf Ghani, no poder desde 2014, é um mero “fantoche” ocidental. Os líderes fundamentalistas se recusam a negociar com o presidente e descartam entrar no sistema político atual em qualquer tentativa de paz.
A estratégia de desgastar o governo aumenta as chances de golpe militar ou um acordo político em termos “palatáveis” – como a implantação da lei religiosa da sharia, defendida pelo Taleban.
O impasse nas negociações pela paz no Afeganistão fez com que os EUA decidissem por prorrogar a presença militar no país até 11 de setembro. Ainda restam 2,5 mil soldados norte-americanos e sete mil soldados da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) na nação, imersa em guerra há mais de duas décadas.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.