Quatro pessoas morrem em ataque atribuído ao EI no norte do Iraque

O prefeito local foi um dos mortos, e as outras duas vítimas identificadas são um policial e um combatente da milícia pró-Irã Hashed Al-Shaabi

Um ataque atribuído ao Estado Islâmico  (EI) matou quatro pessoas proximidades da cidade de Mosul, no norte do Iraque, no sábado (11). Entre os mortos estariam membros das forças de segurança locais, informou o site local Arab News.

O ataque, realizado durante a noite, ocorreu em uma área de forte presença do EI. O prefeito local foi um dos mortos, e as outras duas vítimas identificadas são um policial e um combatente da milícia pró-Irã Hashed Al-Shaabi (Forças de Mobilização Popular, em tradução livre), uma coalizão de maioria xiita.

Formado em 2014 para apoiar o exército iraquiano na luta contra os extremistas do EI, o Hashed controlava grandes áreas do país antes de ser integrado às forças armadas. Porém, tanto os Estados Unidos quanto Israel temem que algumas unidades do Hashed estejam sob ordens de Teerã, em vez de estarem sob comando iraquiano.

Segundo Salih Al-Jiburi, oficial das forças de segurança locais, o EI tem empreendido constantes ataques contra posições do Hashed Al-Shaabi na região.

Soldados do exército do Iraque no combate ao Estado Islâmico (Foto: Wikimedia Commons)

O ataque ocorre uma semana após a morte de 13 policiais federais iraquianos em uma ação igualmente atribuída ao EI, no posto de controle de um vilarejo próximo da cidade de Kirkur. Para impedir a aproximação de reforços ao local durante a ofensiva, os rebeldes usaram bombas à beira da estrada de acesso, explodindo três viaturas da polícia.

Por que isso importa?

Em 2017, o exército anunciou ter derrotado o EI no Iraque, com a retomada de todos os territórios dominados pela milícia desde 2014. O grupo, que já chegou a controlar um terço do território iraquiano, hoje mantém apenas células adormecidas que lançam ataques esporádicos.

Desde então, houve uma redução das ações da organização terrorista no país. No entanto, as forças de segurança iraquianas ainda são alvo de ataques surpresa e bombas pelas estradas da região montanhosa ao norte, onde se escondem os extremistas.

No Brasil

Casos mostram que o Brasil é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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