Britânico, russo e mais 36 engrossam lista de terroristas dos Emirados Árabes Unidos

Governo local diz que resolução visa a "atacar e desmantelar redes que financiam o terrorismo e suas atividades relacionadas"

O governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) adicionou os nomes de 38 indivíduos e 15 entidades a sua lista de pessoas e organizações acusadas de apoiar o terrorismo. O anúncio foi feito na segunda-feira (13) pela agência estatal local WAM.

“A resolução ressalta o compromisso dos Emirados Árabes Unidos em atacar e desmantelar as redes que financiam o terrorismo e suas atividades relacionadas”, diz o texto.

Na lista de indivíduos estão quatro cidadãos dos Emirados Árabes Unidos, seis nigerianos, dois libaneses, oito iemenitas, cinco sírios, cinco iranianos, dois iraquianos, e um cidadão de cada uma das seguintes nações: Índia, Afeganistão, Grã-Bretanha, Saint Kitts-Navis, Rússia e Jordânia.

Soldados dos exércitos dos Emirados Árabes e do Egito em exercício militar em 2021 (Foto: Wikimedia Commons)

Por que isso importa?

A pandemia reduziu o número de ataques terroristas em áreas sem conflito, caso dos Emirados Árabes, devido as fatores como a redução do número de pessoas em áreas públicas. Em zonas de conflito, ao contrário, os jihadistas ganham força, e isso pode causar um impacto na segurança global conforme as medidas de restrição à circulação são afrouxadas.

À medida que as restrições relacionadas à pandemia diminuem gradualmente, há uma elevada ameaça de curto prazo de ataques inspirados no EI fora das zonas de conflito. São ações geralmente empreendidas por atores solitários ou pequenos grupos que foram radicalizados possivelmente online.

Outra razão que contribui para o fortalecimento do EI é a ação de grupos afiliados regionais, algo bastante comum no continente africano. “A expansão do EI em muitas regiões da África desde o início de 2021 é alarmante”, diz o relatório, que cita ainda o Afeganistão e o Sul da Ásia.

Na visão dos Estados-Membros da ONu (Organização das Nações Unidas), o grupo extremista “continuará a priorizar o reagrupamento e a tentativa de ressurgir” em seus dois principais domínios. O grupo continua ativo em amplas áreas da Síria, a fim de recuperar sua capacidade de combate. No Iraque, o EI permanece sob constante pressão, mas realiza operações.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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