Etiópia prende 15 por plano de ataque à embaixada dos Emirados Árabes

Suspeitos estariam trabalhando desde 2013 para atacar estrangeiros; grupo também promoveria atentado no Sudão

Autoridades da Etiópia determinaram a prisão de 15 suspeitos de planejar um ataque à embaixada dos Emirados Árabes Unidos na capital, Adis Abeba, na quarta (3), reportou a EPA (Agência de Notícias da Etiópia).

A polícia apreendeu armas, explosivos e documentos na operação. O grupo já se preparava para atacar a embaixada desde novembro de 2013, segundo a agência de inteligência da Etiópia.

O suposto líder do ataque, de 35 anos, já teria recebido milhares de dólares para organizar o atentado terrorista.

Etiópia prende 15 suspeitos por planejar ataque a embaixada de Abu Dhabi
Explosivos recuperados após a prisão de 15 suspeitos de planejar ataques à embaixada dos Emirados Árabes Unidos na Etiópia, em 3 de fevereiro de 2021 (Foto: Reprodução/Ethiopian Press Agency)

O mesmo grupo também teria planos de atacar a embaixada dos Emirados Árabes Unidos na capital do Sudão, Cartum. Os integrantes atuariam com uma segunda equipe, ainda não identificada.

Forças de inteligência dos dois países fizeram um trabalho coordenado para desmantelar o grupo, disse a EPA. O Sudão ainda não se manifestou sobre a investigação.

Outro suposto líder do grupo terrorista já teria sido preso na Suécia. Ele estaria no país para facilitar a troca de informações entre europeus, africanos e asiáticos sobre seus respectivos serviços de segurança.

Os Emirados Árabes desempenham um papel diplomático relevante na Etiópia desde que Abiy Ahmed subiu ao poder, em 2018, mediando um acordo de paz com a vizinha Eritreia. O país do Oriente Médio também fornece contribuições financeiras à economia etíope.

O ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos e sua embaixada em Addis Abeba não se manifestaram sobre o relatório.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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