As festividades de Natal chegaram mais cedo na Venezuela, informou o portal MercoPress. O presidente Nicolás Maduro divulgou na quinta-feira (15) um calendário de festas de fim de ano e pacote de medidas para impulsionar a economia do país, que enfrenta crise e pandemia.
“Queremos impulsionar ao máximo essas últimas dez semanas do ano”, disse Maduro em um evento do dia 14. “O comércio, neste período de festas, voltará para uma nova normalidade. Vamos nos proteger da Covid-19 e apostar na nova economia real”.
Se a América Latina tende a sofrer com os efeitos da pandemia a longo prazo, as estimativas são ainda mais negativas à economia da Venezuela.
O país, que sofre sanções dos EUA e vive hiperinflação acompanhada de profunda crise econômica, já ultrapassou a beira do colapso no sistema de saúde e na oferta de materiais básicos à população.
Não por acaso, o maior número de deslocados da América Latina, hoje, sai da Venezuela rumo a outros países da região, como o Brasil e Peru.
Medidas para reativar a economia
Nas redes sociais, Maduro já divulgou seis medidas para reativar a economia da Venezuela diante da pandemia.
Com mais de 87 mil casos ou cerca de 740 óbitos confirmados, de acordo com dados do governo, o objetivo seria é incrementar o comércio e, ao mesmo tempo, prevenir a população do contágio com o vírus.
Para o Natal, a primeira medida busca fomentar a instalação de feiras natalinas, com autorização sanitária local. Os encontros seriam realizados em locais abertos e com lotação máxima.
A garantia de compra de brindes é outra sugestão do governo. A ideia é promover alianças entre a indústria e distribuidores locais, apontou Maduro no Twitter.
O governo venezuelano também tenta uma aproximação de produtores rurais com supermercados e diz que oferecerá microcrédito para novas pequenas e médias empresas. Os pontos turísticos do país também devem ser reabertos a partir de 1º de dezembro.