Desde a metade de junho, mais de mil pessoas fugiram do aumento da violência na fronteira entre a Colômbia e Venezuela, aponta o novo relatório do Ocha (Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas), divulgado na última sexta (31).
O movimento foi observado após aumento dos confrontos entre grupos armados que operam nas cidades fronteiriças de Cúcuta e Tibú, ambas no departamento colombiano de Norte de Santander. As fações disputam o controle do mercado clandestino local.
Casos de violência na região já são registrados pela ONU (Organização das Nações Unidas) desde o início da pandemia. Já no início da crise, grupos colombianos iniciaram movimentos para conquistar territórios.
No início de junho, a fronteira entre os dois países chegou a ser fechada e venezuelanos ficaram presos na Colômbia.
Crianças e adolescentes
Os dados divulgados registram cinco massacres em 2020 – três deles em julho. Quatro líderes sociais foram mortos e cinco deslocamentos massivos realizados, três originados na Venezuela. Dessas pessoas, 34% são crianças e adolescentes e 26% mulheres.
No relatório, o Ocha afirma que a crise sanitária agrava a dificuldade vivida por quem está na região e aumenta os riscos dos colaboradores das organizações de ajuda humanitária.