Os vistos e as relações acadêmicas entre universidades da Índia e China irão passar por filtros mais rigorosos, informou a Bloomberg nesta sexta (21).

A Índia intensificou as restrições à atividade chinesa no país em meio ao desgaste das relações entre as duas nações vizinhas.

Os países voltaram a disputar a fronteira do Himalaia em maio, após uma trégua desde 2017. O conflito se estende há quase 60 anos.

Com a nova definição, vistos para empresários, acadêmicos, especialistas e grupos de defesa chineses só poderão ser emitidos após verificação e autorização prévia.

As medidas são semelhantes as já aplicadas por Beijing em relação ao rival indiano.

Como consequência, as universidades indianas com vínculos com instituições chinesas devem ser drasticamente reduzidas.

De acordo com a Bloomberg, o governo de Naremdra Modi já analisa 54 memorandos assinados entre universidades dos dois países. Grandes centros de ensino do país devem ser impactados.

As instituições são usadas para influenciar partidos políticos, empresas e acadêmicos, alegou uma fonte não-identificada do governo indiano.

Neste ano, a Índia já bloqueou dezenas de aplicativos chineses – entre eles o popular TikTok.

Nova Délhi também mudou as regras para limitar os investimentos chineses em empresas indianas e impediu que a gigante de tecnologia chinesa Huawei participasse da implantação das redes 5G no país.