Uma investigação independente da Comissão de Minorias de Délhi aponta que a polícia da Índia foi cúmplice e instigou ataques a muçulmanos por multidões hindus, em fevereiro deste ano.
Os ataques ocorreram após semanas de protestos pacíficos contra as políticas discriminatórias do governo da Índia. Testemunhas afirmam que qualquer ajuda foi negada pela polícia, sob ordens para não agir.
Segundo o relatório divulgado pela HRW (Humans Rights Watch), a polícia registrou os casos contra vítimas muçulmanas. Porém, não tomou medidas contra os líderes do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata, responsável pela violência.
Ao menos 53 pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante os episódios de violência. A maioria das vítimas eram muçulmanas.
Para a HRW, a polícia indiana se recusa a endereçar a acusação de abuso policial e realizar uma investigação justa. Em vez disso, estaria usando leis anti-terrorismo para prender estudantes, ativistas e críticos do governo.
A polícia de Délhi nega as acusações e afirma ter prendido o mesmo número de hindus e muçulmanos. Detalhes sobre as prisões não foram disponibilizados.