Após ataque com 14 soldados mortos, Afeganistão apela por negociação ao Taleban

Grupo extremista afegão exige libertação de presos antes de avançar em qualquer processo negocial

A morte de 14 soldados após três ataques do Taleban desde a última quinta (20) no Afeganistão, forçou o governo do país a fazer novo apelo ao grupo para iniciar as tratativas de pacificação, reportou a Al-Jazeera no último sábado (22).

O Taleban, no entanto, ainda não aderiu. O grupo já reiterou que não entrará na negociação até que o governo afegão liberte os prisioneiros restantes do grupo de 400 detidos, conforme combinado em assembleia no último dia 9.

Bandeira branca: Afeganistão chama Taleban para iniciar negociação de paz
Aeronave do Exército norte-americano sobrevoa a capital afegã, Cabul, em junho de 2007 (Foto: The US Army/Cherie A. Thurlby)

Foram libertados 80 prisioneiros. Os demais só devem sair depois que o governo afegão tiver a garantia da aprovação de todas as contrapartidas discutidas durante a reunião, informou uma fonte à Al-Jazeera.

Austrália e França pediram oficialmente que Cabul não permitisse a libertação de prisioneiros do Taleban condenados pelo assassinato de seus cidadãos.

Para as autoridades afegãs, que já libertaram cerca de 4,9 mil prisioneiros talibãs, objetivo é que se chegue a um acordo o mais breve possível.

Envolvimento do Paquistão

Nesta terça (25), o co-fundador do Taleban no Afeganistão, Abdul Ghani Baradar, se encontrou com o ministro de Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mehmood Qureshi para tratar do processo de paz intra-afegão.

Qureshi afirmou que há uma “sabotagem no processo de paz afegão” e ameaças potenciais, revelou o portal de notícias “Tolo News“.

O Paquistão continuará “reunindo esforços” para garantir a paz na região, afirma Qureshi – para a qual a estabilização do Afeganistão é condição fundamental.


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