União Europeia estende sanções contra envolvidos em conflitos na Ucrânia

Restrições de Bruxelas seguem até setembro e abrangem 177 indivíduos e 48 entidades pró-russas que atuam no país

O Conselho Europeu decidiu prorrogar as sanções contra indivíduos e instituições que ameaçam a integridade territorial da Ucrânia por mais seis meses, confirmou a UE (União Europeia) na sexta (12). A medida se estende até 15 de setembro, a princípio.

As sanções devem afetar 177 pessoas e 48 entidades envolvidas em conflitos no leste ucraniano desde 2014. Entre eles estão agentes da Rússia e facções separatistas que tomaram a península da Crimeia, anexada de forma unilateral pelos russos há sete anos, e sua capital Sebastopol.

Com a decisão, permanecem restrições a viagens, congelamento de bens e proibição de disponibilizar fundos e outros recursos econômicos aos nomes listados pela UE.

UE estende sanções a perpetradores de conflitos na Ucrânia
Protestos contrários à anexação da Crimeia pela Rússia em Londres, no Reino Unido, em julho de 2014 (Foto: Divulgação/Jordan Busson)

Além das sanções recém-prorrogadas, a UE já implementou outras medidas contra a Rússia por violações na Ucrânia, vigentes até 31 de julho. Também há restrições que respondem à anexação ilegal da península da Crimeia e da cidade de Sebastopol, em vigor até 23 de junho.

O bloco reivindica o retorno das fronteiras ucranianas ao desenho anterior ao conflito. Conforme a UE, os agentes sancionados, em especial a Rússia, realizam uma “desestabilização deliberada da Ucrânia”. As relações entre Bruxelas e Moscou estão estremecidas desde 2014 e as sanções têm sido prorrogadas sucessivamente a cada seis meses desde julho de 2016.

Conversações bilaterais sobre vistos, negociações para um novo acordo e sobre a adesão russa à OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos) e à AIE (Agência Internacional da Energia) estão suspensas.

Reação

A anexação por Moscou à Crimeia violou o acordo do Mar Negro, de 1995, e envolveu a apreensão de navios da marinha ucraniana e tomada de suas bases militares na península, tida como polo industrial do país.

A Rússia apoia facções separatistas pró-russas do leste ucraniano desde o início do conflito, que começou em 2013 entre um oeste pró-europeu e um leste de forte influência russa. Após sete anos, a disputa já causou a morte de 13,2 mil pessoas.

Além da Rússia, a UE já aplicou sanções de algum tipo contra países como Mianmar, Venezuela, Mali, Zimbábue, Bósnia e Herzegovina, Turquia, Nicarágua e Coreia do Norte.

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