O ano de 2021 foi um dos sete mais quentes já registrados, de acordo com dados coletados pela OMM (Organização Meteorológica Mundial). A agência da ONU divulgou nesta quarta-feira (18) que o aquecimento global e outras tendências climáticas devem continuar a longo prazo, como resultado de índices recorde de calor preso em gases de efeito estufa na atmosfera.
Apesar do fenômeno La Ninã 2020-2022 ter resfriado temporariamente as temperaturas médias globais, o ano passado registrou 1,11° C acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900). Com isso, 2021 foi o sétimo ano consecutivo em que a temperatura global ficou mais de 1° C acima daquela marca.
A OMM utiliza seis bases de dados internacionais para garantir uma análise de temperatura mais completa possível. A agência explica que, desde 1980, cada década tem sido mais quente do que a anterior, e a tendência é de que continue sendo assim. Os anos de 2016, 2019 e 2020 foram os três mais quentes já registrados.
O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, declarou que o “aquecimento de longo prazo devido às emissões de gases tem sido muito maior do que a variabilidade ano a ano das temperaturas médias globais causadas por fatores climáticos”.
De acordo com Taalas, “o ano de 2021 será lembrado por temperaturas recorde de 50° C no Canadá, por chuvas excepcionais e por enchentes fatais na Ásia e na Europa, além de secas na África e em partes da América do Sul”. segundo ele, os impactos da mudança climática e de perigos ligados ao clima tiveram “impactos arrasadores na comunidades de todos os continentes”.
A temperatura é apenas um dos indicadores da mudança climática. Outros fatores incluem concentrações de gases de efeito estufa, calor nos oceanos, pH oceânico, nível do mar, volume glacial e extensão do gelo marinho.
A agência da ONU lembra que o Acordo de Paris busca manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2° C acima dos níveis da era pré-industrial. Com a marca de 1,11° C acima da era pré-industrial, alcançada em 2021, a temperatura global já está se aproximando dos limites estipulados pelo acordo internacional.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News