EI organiza falso posto de checagem e sequestra cinco pessoas no Iraque

Além dos cinco sequestrados, ao menos duas pessoas ficaram feridas na ação terrorista realizada no Curdistão

Combatentes do Estado Islâmico (EI) organizaram um falso posto de checagem e sequestraram cinco pessoas na província de Mosul, no norte do Iraque, no sábado (7). As vítimas são parte de um grupo de ao menos nove pessoas que seguia em direção à cidade de Makhmour, segundo o site curdo Rudaw.

“Um grupo da organização terrorista EI montou um posto de controle perto da vila de Kandar, na estrada de Makhmour, ferindo duas pessoas e prendendo várias outras”, diz um post publicado no Facebook pelas unidades de combate ao terrorismo da região do Curdistão.

Além dos cinco sequestrados, ao menos duas pessoas ficaram feridas na ação. “Eles foram parados em um posto de controle na aldeia de Kandar. Quando perceberam que era o EI, mas com uniforme do exército iraquiano e com bandeira iraquiana, eles tentaram escapar, mas foram alvejados até chegarem ao posto de controle de Asayish”, disse o pai de um dos feridos. “Eu passei por lá uma hora antes, mas não havia nada”.

Segundo a testemunha, dois dos sequestrados são curdos, e os outros três, árabes.

Makhmour vive disputa burocrática entre os governos federal e regional sobre a gestão da região, o que torna a segurança frágil por ali. O EI aproveita o vácuo governamental para empreender ações violentas na área.

Insurgentes do Estado Islâmico no deserto de Homs, Síria (Foto: Reprodução/Observatório Sírio de Direitos Humanos)

Combate ao EI

O Iraque vê um crescimento da violência partindo do EI, que concentra suas ações no chamado Triângulo da Morte, entre as províncias de Diala, Saladino e Kirkuk, no norte do país. As forças nacionais têm intensificado o combate à milícia nessa região. 

Em 2017, o exército anunciou ter derrotado o EI no Iraque, com a retomada de todos os territórios dominados pela milícia desde 2014. O grupo, que já chegou a controlar um terço do território iraquiano, hoje mantém apenas células adormecidas que lançam ataques esporádicos. 

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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