Integrantes da Al-Qaeda são acusados de sequestrar cinco funcionários da ONU no Iêmen

Extremistas exigiram pagamento de resgate e a libertação de integrantes da facção terrorista que são prisioneiros no Iêmen

Integrantes da Al-Qaeda são acusados de sequestrar cinco funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas) no Iêmen. De acordo com autoridades iemenitas, a ação ocorreu na província de Abyan, no sul do país, na última sexta-feira (11). As informações são do jornal britânico Guardian.

“As Nações Unidas estão em contato próximo com as autoridades para garantir a libertação”, afirmou Russell Geekie, porta-voz do principal representante da ONU no Iêmen. Quatro dos sequestrados são iemenitas, e o quinto é estrangeiro.

As negociações têm sido conduzidas por líderes tribais iemenitas. Os extremistas exigiram o pagamento de resgate para soltar os sequestrados, bem como a libertação de integrantes da facção terrorista que têm sido mantidos prisioneiros no Iêmen.

O sequestro foi condenado também pelo Conselho de Transição do Sul, uma organização secessionista do sul do país, que classificou a ação como “ato terrorista”. Já o governo central reconhecido internacionalmente confirmou o incidente e disse estar atuando pela libertação dos funcionários da ONU.

Hospital destruído após ataque em Sanaa, capital do Iêmen, janeiro de 2020 (Foto: Unicef/Areej Alghabri)

Por que isso importa?

O Iêmen vive um conflito que começou no final de 2014, após o grupo rebelde houthi, alinhado ao Irã, expulsar o governo da capital iemenita Sanaa. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio a favor dos antigos governantes, acusados de corrupção pelos militantes de oposição.

Desde janeiro, quando Washington incluiu os rebeldes em sua lista de grupos terroristas internacionais, o grupo intensificou os ataques com mísseis e drones contra a Arábia Saudita. Os houthis rejeitam a proposta saudita de cessar-fogo e exigem a abertura do espaço aéreo e dos portos do Iêmen.

Há relatos de que os houthis recrutam menores – em especial crianças – para a linha de frente das batalhas e para esgotar as munições das forças adversárias

crise humanitária decorrente dos combates é tida como o mais grave do mundo. Em virtude dos combates, cerca de dois milhões de civis migraram para centenas de alojamentos improvisados no meio do deserto. O acesso a alimentos e água potável é escasso.

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