Líder militar é morto em conflito com rebeldes por cidade estratégica no Iêmen

Nasser al-Zubiani, chefe das operações militares das forças governamentais, perdeu a vida no mais recente conflito travado com a milícia apoiada pelo Irã

Vinte e oito soldados morreram durante confrontos entre as forças do Iêmen e rebeldes Houthis na cidade de Marib, estratégica na guerra em curso no país. Entre as vítimas está um alto comandante do exército, segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa nesta segunda-feira (13). As informações são do site The Defense Post.

Nasser al-Zubiani, chefe das operações militares das forças governamentais, perdeu a vida no mais recente conflito travado com a milícia apoiada pelo Irã, que há meses está em uma campanha sangrenta para a tomada de Marib, o último reduto do governo iemenita e capital da província rica em petróleo do norte com o mesmo nome.

Forças sauditas aliadas na cidade de Aden (Ahmed Farwan/Flickr)

Os confrontos se intensificaram nos últimos 15 dias, deixando milhares de mortos de ambos os lados. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita tem apoiado os ataques aéreos do governo contra os insurgentes, que, em resposta, aumentaram os ataques com mísseis e drones desde que Washington incluiu o grupo em sua lista de grupos terroristas internacionais, em janeiro.

Os houthis lançaram mão de um grande esforço para o domínio de Marib em fevereiro e, após um período de calmaria, a turbulência voltou com tudo após os rebeldes terem retomado a ofensiva em setembro.

Por que isso importa?

crise humanitária no Iêmen é tida como a mais grave do mundo. Em meio aos confrontos, cerca de dois milhões de civis migraram para cerca de 140 alojamentos improvisados no meio do deserto. O acesso a alimentos e água potável é escasso.

Mais de 13,6 mil moradores já deixaram Marib temendo a onda de violência que pode se instalar na cidade. Há relatos de que os houthis recrutam menores – em especial crianças – para a linha de frente das batalhas e para esgotar as munições das forças adversárias.

Os rebeldes intensificaram os ataques com mísseis e drones contra a Arábia Saudita desde que Washington incluiu o grupo em sua lista de grupos terroristas internacionais, em janeiro. Os houthis rejeitam a proposta saudita de cessar-fogo e exige a abertura do espaço aéreo e portos do Iêmen.

A guerra do Iêmen começou no final de 2014, após o grupo rebelde houthi, alinhado ao Irã, expulsar o governo da capital Sanaa. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio a favor dos antigos governantes, acusados de corrupção pelos militantes de oposição.

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