Um tribunal egípcio condenou cinco mulheres conhecidas na rede social TikTok a dois anos de prisão, nesta segunda (27), por “promoção de imoralidade e tráfico de pessoas”.
De acordo com a agência de notícias Reuters, as influenciadoras, também foram multadas em US$ 19 mil cada. As mulheres tiveram de responder a acusação de criar contas online para violar “valores e princípios” do Egito, nação muçulmana conservadora.
Hannen Hossam, 20, foi acusada de encorajar jovens mulheres a conhecer homens por meio de um aplicativo de vídeo. Ela receberia uma taxa de acordo com o número de seguidores que acompanhavam as conversas.
Mawada al-Adham, com mais de dois milhões de seguidores, teria publicado fotos e vídeos considerados indecentes nas redes sociais. As outras três mulheres teriam ajudado Hossam e al-Adham a gerenciar as contas.
Aumento das acusações
As acusações contra mulheres por supostas violações das normais sociais conservadoras do país não são incomuns. No entanto, o número vem crescendo à medida que o uso das redes sociais cresce no Egito.
Parlamentares egípcios pedem que o TikTok seja suspenso no Egito para evitar a “promoção de nudez e imoralidade”.
Ativistas de direitos humanos e usuários da rede social pedem a libertação das mulheres. As prisões foram classificadas como “violação da liberdade de opinião e expressão”.