A explosão de uma mina terrestre matou 16 civis nesta quinta (20), na rodovia de acesso à cidade de Gao, na região central do Mali. O grupo estava em uma van a caminho de uma feira na vila de Ntillit, a 80 quilômetros de Gao, disse um familiar à AFP. Três feridos estão em estado grave.
Gao é cercada por extremistas ligados à Al-Qaeda. Ataques a civis e soldados malineses, franceses e de missões de paz são regulares na área, disse o porta-voz do exército Souleymane Dembele à Reuters.
Nenhum grupo reivindicou a explosão até o momento. No dia 8, outra mina terrestre matou duas pessoas perto de Tessalit, no norte do país africano. Um dia antes, três soldados foram mortos em uma explosão a bomba perto de Hombori, na região central.
As minas terrestres mataram 76 pessoas e feriram 287 no Mali só em 2020. A tendência é que o número de vítimas por esses dispositivos seja maior em 2021.
A insurgência jihadista no Mali começou em 2012, quando grupos extremistas sequestraram um levante de separatistas tuaregues na parte norte. Desde então, a violência se espalhou para o centro do país e para os vizinhos Burkina Faso e Níger.
A tríplice fronteira entre os países, centrada em Tillabéri, é o atual epicentro da insurgência jihadista do Sahel africano, apesar da resposta militar internacional.
Os ataques já despertaram a violência interétnica na região, que vive o agravamento da pobreza. A dificuldade de acesso da assistência humanitária forçou o deslocamento de milhares de pessoas.