Aung San Suu Kyi, ganhadora do Nobel da Paz em 1991, pode se candidatar novamente às eleições em Mianmar em novembro deste ano. O anúncio foi feito nesta terça (21), informou a emissora canadense CBC.
No pleito de 2015, apesar da vitória esmagadora de seu partido, Suu Kyi foi impedida de se tornar presidente. O motivo seria uma cláusula na constituição do país, promulgada pelo governo militar anterior.
O cargo de “conselheira estadual” foi criado como alternativa, dando a ela poderes executivos. Ela também chefia o Ministério das Relações Exteriores de Mianmar, mas não tem controle sobre as forças de segurança.
A birmanesa se tornou alvos de críticas após negar o genocídio contra a minoria rohingya, durante audiências promovidas no Tribunal Internacional em Haia, no ano passado.
Cerca de 750 mil pessoas da minoria fugiram para Bangladesh desde 2017, após sistemática e brutal repressão contra os rohingya, de religião muçulmana, no país. Mianmar tem maioria budista.
Isolamento político
Apesar de ser a política mais popular do país, Suu Kyi pode enfrentar dificuldades na sua nova campanha eleitoral.
As alianças táticas formadas nas eleições de 2015 dificilmente irão se repetir. O fracasso do governo de chegar a um plano viável para dar aos grupos étnicos minoritários autonomia isolou politicamente a líder.