Hackers russos causaram prejuízo de mais de US$ 10 bilhões entre 2015 e 2018

Hackers são oficiais da Rússia e viraram réus em processo movido pelos EUA; criminosos são procurados pelo FBI

Os ataques promovidos por seis hackers russos entre 2015 e 2018 já somam prejuízos de mais de US$ 10 bilhões. O grupo é procurado pelo FBI (Departamento Federal de Investigações dos EUA, em inglês).

De acordo com o portal Politico, os criminosos são oficiais da inteligência russa e, além de prejudicar empresas e redes elétricas na Europa, também estariam envolvidos em roubo de identidade e conspiração para fraude.

Na segunda (19), a Justiça norte-americana anunciou que já move um processo para investigar o grupo por sete acusações.

Hackers russos causaram prejuízo de mais de US$ 10 bilhões entre 2015 e 2018
Os hackers russos acusados pelos EUA são procurados pelo FBI (Foto: Reprodução/FBI)

O processo do tribunal norte-americano é uma resposta às tantas investigações e evidências de uma possível interferência da Rússia nas eleições dos EUA, agendadas para 3 de novembro.

“Nenhum país usou suas capacidades cibernéticas de forma tão maliciosa e irresponsável quanto a Rússia, causando arbitrariamente danos colaterais sem precedentes”, disse John Demers, chefe da Divisão de Segurança Nacional do Departamento de Justiça dos EUA, em entrevista coletiva.

Ataques

Uma das campanhas mais prejudicionais teria ocorrido em 2017, com a conhecida “NotPetya”. À época, os hackers invadiram uma rede elétrica ucraniana e vazaram informações para tentar interferir nas eleições francesas, apontam as acusações.

A dinamarquesa Maersk, do setor de logística, teve toda a sua operação prejudicada após um colapso na rede causado pelo malware impulsionado pelos russos. Os danos chegam a US$ 10 bilhões.

Outras empresas como a norte-americana FedEx, de transporte e remessas, e a farmacêutica alemã Merck também registraram prejuízos bilionários após ataques do grupo.

Na Ucrânia, em 2015, mais de 225 mil pessoas ficaram sem energia na capital, Kiev, após um ataque do grupo. Além disso, os hackers ainda adotaram a prática de spear phishing.

Direcionada a grupos específicos, a tática busca invadir sistemas de inteligência a partir do acesso a links e download de arquivos maliciosos.

O alvo, segundo o tribunal dos EUA, seriam apoiadores de Emmanuel Macron – um grande crítico da Rússia –, e especialistas envolvidos na investigação do envenenamento do ex-agente russo Sergei Skripal no Reino Unido.

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