Após um mês das eleições nos EUA, Rússia, Brasil e México parabenizam Biden

Colégio eleitoral confirmou eleição de Biden; Coreia do Norte permanece única a não parabenizar democrata

Atualizado em 16/12/2020, às 09h10

Os governos da Rússia, Brasil e México foram os últimos a parabenizar o democrata Joe Biden pela vitória – 40 dias após as eleições dos EUA. O último anúncio veio do Itamaraty, nesta terça (15).

O cumprimento só veio após a confirmação definitiva do Colégio Eleitoral, que realizou a recontagem em alguns estados após acusações de fraude do candidato derrotado Donald Trump.

Desde as eleições, Bolsonaro sustentou as supostas “fraudes” e afirmou que aguardaria uma “decisão” oficial de Washington. Em nota, o presidente brasileiros desejou que os EUA “sigam sendo a terra dos livres e o lar dos corajosos”.

Quase 40 dias depois, Rússia e México parabenizam Biden pela vitória nos EUA
O democrata Joe Biden em pronunciamento na cidade de Altoona, Iowa, em agosto de 2019 (Foto: WikiCommons/Gage Skidmore)

Com o reconhecimento, o único país a não conferir a vitória de Biden é a Coreia do Norte. O norte-coreano Kim Jong-un mantém o país isolado em um regime autoritário e já classificou a tentativa de aproximar laços com os EUA como “desesperança”.

Segundo o órgão eleitoral, Biden teve 306 votos e Trump, 232 – o mesmo resultado foi projetado pela imprensa dias após o processo eleitoral. Para ser eleito, um candidato precisa de, no mínimo, 270 delegados.

Expectativa de abertura

Em uma carta, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador manifestou expectativas de que Biden mantenha uma postura “a favor dos migrantes do México e do mundo”.

“Temos a certeza de que, com você na presidência, será possível aplicar os princípios básicos de política exterior estabelecidos na nossa constituição”, diz AMLO.

O chefe de Estado afirmou ainda que esperar construir uma “solução definitiva” aos fluxos migratórios. A questão foi motivo de embate entre AMLO e Trump durante o governo do republicano.

O reforço ao muro na divisa entre os dois países desde a eleição de Trump resume o cerceamento às políticas a migrantes e refugiados nos EUA. Atualmente o muro se estende por 1,1 mil quilômetros – cerca de um terço da extensão da fronteira entre os dois países.

O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, afirmou o desejo de colaborar com Biden nos desafios mundiais “apesar das diferenças”. “De minha parte, estou pronto para interagir e entrar em contato com você [Biden]”, disse.

A cerimônia de posse de Biden está marcada para o dia 20 de janeiro.

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