China e UE assinarão pacto para expandir comércio de alimentos de alto valor

Cúpula nesta segunda (14) debate proteção e expansão nas vendas de alimentos e bebidas de origem controlada

Alimentos regionais de alto valor como whisky irlandês, queijo feta grego e pasta de feijão pixian, de origem chinesa, poderão se tornar mais comuns nos supermercados da Europa e da Ásia depois desta segunda-feira (14).

A data está reservada para o encontro entre a União Europeia e China, informou a Reuters. O acordo que simplifica essas importações deve ser assinado na cúpula, que terá a incumbência de proteger as designações alimentares regionais europeias e chinesas.

Em contrapartida, os países também deverão fomentar as exportações desses produtos de origem controlada para o restante do mundo.

O encontro também deve mostrar em que passo estão as relações diplomáticas entre os dois gigantes. A última reunião, em junho, entre lideranças da UE, o presidente chinês, Xi Jinping, e a chanceler alemã, Angela Merkel, não foi amigável.

China e UE assinarão pacto para expandir comércio de alimentos de alto valor
Da esquerda para a direita, o ex-presidente da Argentina, Maurício Macri; a chanceler alemã, Angela Merkel e o presidente chinês Xi Jinping, na reunião do G20, em julho de 2017, na Argentina (Foto: WikiCommons/Casa Rosada)

O grupo europeu endureceu sua interlocução com Beijing depois da nova lei de segurança nacional estabelecida em Hong Kong. Para o Ocidente, a legislação restringe direitos essenciais, como a liberdade de expressão.

Sem sanções – por enquanto

Mesmo sem adotar sanções econômicas, a UE já alertou a China sobre possíveis consequências ao seu “novo império”, como destacou o chefe de política externa da Comissão Europeia, Josep Borrell.

“A bola está com o tribunal chinês quando se trata em construir uma relação comercial recíproca”, disse outro funcionário da UE. A reunião não tem nenhum comunicado final definido até o momento, afirmou o oficial, que não quis se identificar.

Outra pressão da UE é em relação à poluição das fábricas chinesas. As autoridades recomendarão o congelamento da construção e financiamento de usinas de carvão. A intenção é que Beijing antecipe o ano de pico de emissão de gases de efeito estufa para 2025, em vez de 2030.

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